Artigo publicado nos portais e jornais Diário do Comércio, Hoje em Dia e O Tempo (08/04/2021)

Com todos os impactos causados pela pandemia do Covid-19, já era esperado que a economia do país sofreria um abalo. O IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 4,1% em 2020, registrando a maior contração da economia em 30 anos. Mas o resultado foi melhor que o esperado, já que era prevista uma queda entre 8% e 9%.

Analisando o PIB, entre os principais setores, somente o agronegócio teve aumento (2%). Isso se dá principalmente pelas grandes safras de café, soja e milho; enquanto a indústria e os serviços tiveram queda. Esse resultado é efeito direto da pandemia, uma vez que diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas.

No entanto, um ponto positivo foi o crescimento da atividade imobiliária (2.5%) e dos serviços de atividade financeira, de seguros e serviços relacionados (4%). O setor imobiliário teve uma redução nos lançamentos de imóveis residenciais, mas, em contrapartida, as vendas aumentaram em 9,8%, o que foi significativo para que o setor conseguisse se manter em crescimento.

Além disso, outra boa notícia é que se pode observar uma retomada da economia no mundo todo. Em países onde a vacinação já está mais avançada, é possível notar a volta das atividades e uma recuperação dos preços das commodities. Vale lembrar que o Brasil é um dos principais fornecedores de matérias-primas e essa retomada impulsiona a mineração e o agronegócio brasileiro.

O declínio do PIB não deve ser comemorado. Porém, no quarto trimestre do ano passado o País teve um crescimento de 3,2% e, mantido esse ritmo, 2021 tende a ser um ano mais promissor com crescimento entre 3% e 3,5%.

O PIB tem uma relação direta com os investimentos. Uma vez que o indicador está em ascensão, isso indica uma expansão da economia e estimula novos investimentos no País. No entanto, a queda contínua indica uma recessão e baixos estímulos aos investimentos e projetos de expansão.

Cabe aos empresários, trabalhadores e gestores se atentarem à essa questão como contexto importante para gerir bem seus negócios, carreiras e investimentos.

Carlos Caixeta

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